Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Trunfa* — Chumaços feitos de estopa de mealhar, metidos nos toletes das baleeiras para não serem os remos atritados na borda, e não produzirem rumor. (Bahia).

Tuadeiras* — Baleias, que mergulham muito, quando arpoadas. (Bahia).

Ubás* — Nome genérico dado às canoas dos índios. — Canoa de casca de árvore.

Ubiragára* — Árvore de que os índios da Bahia faziam as ubás (cit. por Gabriel Soares).

Urraca — Aro de ferro com um olhal do lado de cima e um gato do de baixo. Serve para correr pelo mastro, e içar e arriar as vergas nas embarcações pequenas.

Vela — Reunião de tiras de pano de algodão, ou de linho, cozidas umas às outras formando um todo de forma trapezoidal, quadrangular, ou triangular, que serve, impelida pelo vento, para dar movimento à embarcação.

Vela grande* - A do centro das canoas (Bahia).

Velame — O conjunto de todas as velas de uma embarcação qualquer.

Vento aberto — Vento quase da popa.

Vigilenga* — Igaretés da Vigia empregadas na pesca do mar e de rio. São conhecidos pela cor de rôxo-terra das velas (Pará).

Vinhoneira* — Cabo que se prende ao arpão da pescaria das baleias. (Bahia).

Xapité* — Suplemento da popa dos barcos, fixo nos dormentes, onde fica o timoneiro, e a clara do leme (Bahia). Pequeno castelo à proa das baleeiras quase ao nível da borda (Bahia).