História da Guerra Cisplatina

comandante da 5ª Região Militar, venho hoje ocupar a atenção da brilhante oficialidade presente, num assunto histórico empolgante, qual seja, a campanha de 1825-1828, denominada Guerra da Cisplatina.

Temo que, em continuação à série de conferências patrocinadas pela 5ª Região, o tema que me foi confiado perca em minhas mãos o brilho natural que tem por seu valor intrínseco, e que esta palestra que me coube fazer baixe o nível médio mantido pelos brilhantes intelectuais, militares e civis que me precederam, no desenvolvimento das teses a eles distribuídas.

De qualquer forma não deixarei de cumprir o duplo dever, de patriotismo e de amizade, trazendo à consideração dos Srs. oficiais assuntos que estão longe de ser novos, mas que também estão longe de ser tratados por todos os brasileiros com o carinho devido."

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Há um princípio de psicologia militar que recomenda sempre a prudência, tornando-a tão excessiva que leva à inércia e à defesa estática que não dá vitórias; e outro que prefere a audácia, com todos os excessivos perigos de que se revestem as ofensivas.

Aparentemente em oposição, esses dois princípios podem ser perfeitamente conciliados num terceiro, que recomenda: "Nunca se deve entrar em combate nem temendo nem desprezando o adversário."

Esse princípio encerra uma grande sabedoria. Quando se despreza o inimigo, surge a imprudência, ou, quando menos, ficam facilitadas as ocasiões de surpresa; e sempre que o adversário se mostra superior à conta em que o tínhamos, caminhamos, sem dúvida, para a derrota. Mas não o temendo, atacamos na medida necessária.

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