Assim, se não nos bastasse o exemplo atual do "melhor exército do mundo" destroçado em poucos dias, por julgar-se o "melhor exército do mundo", aí estariam todos os exemplos que nos fornece a nossa própria história.
Quando os nossos chefes militares entraram em batalha com uma confiança cega na vitória, desprezando o inimigo que haviam batido constantemente, surgiu-lhes o desgraçado reverso da medalha.
Tais foram quase todos os casos da Guerra da Cisplatina; e para não deixar de citar um exemplo local relativamente recente, esse foi também o caso do Capitão João Gualberto Gomes de Sá, coronel comandante do Regimento de Segurança do Paraná, batido e sacrificado no Irani, por um adversário que ele considerou tão desprezível que levou cordas para trazer os chefes dos fanáticos, amarrados.
A alternativa de vitória e derrota entre os clássicos inimigos europeus mostra bem que não se deve dormir sobre os louros.
A Alemanha, mais prudente, tem aprendido sem cessar com as derrotas, indo estudar as causas delas no armamento e nas condições materiais, ao mesmo tempo que a prudência do seu Estado-Maior nunca abandona o ponto de vista oposto à cega confiança; porque ele provoca, como no caso do Marne, em que os soldados alemães contavam com almoço em Paris, seguro, a possibilidade da fragorosa perda.
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Voltemos atrás: O estudo constante da nossa história militar nos leva sempre à Campanha do Paraguai. Conhecemo-la nos mais mínimos detalhes, e tornamo-nos orgulhosos com a vitória dos nossos soldados. Em compensação,