"Cobriram-se as Virtudes
Com as vestes da Noite; e o lindo canto
Das Musas se trocou em triste pranto.
E desde então só rudes
Engenhos cantam o feliz malvado,
Que nos roubou o primitivo estado."
(...)
Na mesma época, respirando na mesma atmosfera, escrevia José Bonifácio; o futuro patriarca da independência:
"Tu Monstro horrendo, horrendo Despotismo
Maldição sobre ti, Monstro execrando
Que a Humanidade aviltas!
Possam em novos mares novas terras,
Por Britannicas gentes povoadas,
Quebrados os prestigios,
Os filhos acoitar da Liberdade!"
Em 1857, dedicava um outro poeta Gonçalves de Magalhães, a Confederação dos Tamoyos ao imperador constitucional do Brasil, enaltecendo a solicitude de D. Pedro II pela completa liberdade da imprensa, independência da tribuna, tolerância dos cultos, os públicos empregos franqueados a todas as aspirações, o estímulo estendido à capacidade e Talento, a produção desentravada; em suma; o contrário de tudo que praticam os diversos regimens totalitários, dirigidos por homens sem talento nem capacidade, a não ser para a intriga.