Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume IV

"Cobriram-se as Virtudes

Com as vestes da Noite; e o lindo canto

Das Musas se trocou em triste pranto.

E desde então só rudes

Engenhos cantam o feliz malvado,

Que nos roubou o primitivo estado."

(...)

Na mesma época, respirando na mesma atmosfera, escrevia José Bonifácio; o futuro patriarca da independência:

"Tu Monstro horrendo, horrendo Despotismo

Maldição sobre ti, Monstro execrando

Que a Humanidade aviltas!

Possam em novos mares novas terras,

Por Britannicas gentes povoadas,

Quebrados os prestigios,

Os filhos acoitar da Liberdade!"

Em 1857, dedicava um outro poeta Gonçalves de Magalhães, a Confederação dos Tamoyos ao imperador constitucional do Brasil, enaltecendo a solicitude de D. Pedro II pela completa liberdade da imprensa, independência da tribuna, tolerância dos cultos, os públicos empregos franqueados a todas as aspirações, o estímulo estendido à capacidade e Talento, a produção desentravada; em suma; o contrário de tudo que praticam os diversos regimens totalitários, dirigidos por homens sem talento nem capacidade, a não ser para a intriga.

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