Fronteiras e fronteiros

Pinto Bandeira e o primeiro Manoel Marques de Souza, José Borges do Canto e Manoel dos Santos Pedroso. Aos dois primeiros deve o Brasil os Campos Neutrais, região que ia da vila do Rio Grande para o sul; aos segundos todo o território de Missões, do Jacuí ao Uruguai.

José de Abreu, Barão de Serro Largo; Francisco Pedro de Abreu, Barão de Jacuí; Bento Gonçalves da Silva e Bento Manoel Ribeiro; David Canabarro; João Antonio da Silveira; os dois Silva Tavares, um deles Barão de Itaqui, o outro Visconde de Serro Alegre; Osório, Marquês de Herval; o segundo Manoel Marques de Souza; o Conde de Porto Alegre, todos generais do Brasil, todos homens da fronteira meridional, aquela que mais custou a ser fixada, aquela que por quase 200 anos viveu ao sabor das circunstâncias de momento, ora descendo até ao Prata, ora subindo até Santa Catarina.

Mais para o norte há aquele magnífico Antonio João, fronteiro como ninguém o foi mais ou melhor. Ele só é um símbolo.

Subindo ainda mais na carta há o Acre, episódio fronteiriço dos nossos dias. Não era uma fronteira que figurasse nos convênios internacionais, mas foi criada pela própria necessidade. Houve, portanto, que mantê-la a qualquer preço e os raianos a mantiveram. Plácido de Castro, Gentil Norberto, Orlando Corrêa Lopes, Rodrigo de Carvalho, Joaquim Victor da Silva, Assis Memória, José Carvalho, José Maria dos Santos, Ephigenio de Salles e tantos outros de natureza idêntica, com igual valimento, são os fautores desse limite.

Nos Campos do Pirara não há luta armada, mas há protesto enérgico. Os capitães Pedro Joaquim Ayres e Barros Leal, juntamente com Frei José dos Santos Innocentes, sabem se conservar a prumo em face dos canhões ingleses do Tenente-Coronel Robert Schombourgh e do Tenente Edward Bingham.

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