Fronteiras e fronteiros

destemida e a bravura triunfante", prestou, sem ter em vista, por certo, com as homenagens ao herói o seu tributo de admiração à escola prática em que ele caldeara sua vontade de preexcelso, disciplinara sua inteligência de homem superior, aprimorara suas aptidões incomuns.

Do berço - descendente que foi de bandeirantes e de campeadores sulinos — terá recebido aquelas qualidades mestras que o assinalaram sempre como um tipo racial superior.

No exemplo dos maiores da raça de que foi gerado encontrou ensinamentos bastantes para saber como se conduzir em linha reta, sempre em frente, a prumo, fronte alta, desejo claro, com franqueza e lealdade.

Isso não seria suficiente, entretanto, se lhe houvesse faltado o tirocínio ríspido que adquiriu no desempenho das profissões que exerceu ou ensaiou apenas.

Na conjugação dos atributos intrínsecos com a educação que recebeu da vida, porém, a base da perfectibilidade que não há como ser, por mais tempo ainda, ocultada, porque não apregoada com o calor que merece.

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Desde o instante em que Plácido de Castro, em junho de 1902, tomou a si o encargo de resolver a questão acreana pelas armas, até que, em abril de 1903, o Brasil e a Bolívia assinaram o modus vivendi para a solução pacífica do deslinde, todo o Território do Acre e a maior parte do Território das Colônias, ambos da Bolívia, estiveram à mercê do moço sul-rio-grandense.

A guerra que ele fez à Bolívia, em verdade, não teve por palco somente as margens do rio da borracha, da linha Cunha Gomes ao Abuña e Rapirrã, mas toda a zona entre o Beni e Madre de Dios até o paralelo de 9° 30' de latitude sul. Combateu duas vezes em Volta da Empresa,

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