em Puerto Alonso, em Telheiro e em Bom Destino, no Acre litigioso, mas bateu-se igualmente em Puerto Rico, em Costa Rica, em Carmen e em Santa Cruz, localidades indiscutivelmente bolivianas distantes de centenas de quilômetros da fronteira do Acre. Seu exército, o pequeno exército que improvisou, instruiu, disciplinou e colocou em estado de eficiência militar igual ou superior ao exército boliviano, se deslocava à vontade, segundo as necessidades da guerra em todas as direções e sentidos, nunca tendo procurado apoio em território brasileiro.
Quando lhe comunicaram a assinatura do modus vivendi, estava em Gironda, no coração da Bolívia, e a coluna com que o General Juan Manuel Pando, Presidente da República, havia descido os Andes, como um condor enfurecido, estava sitiada fazia cinco dias, um pouco adiante, em Puerto Rico, pela vanguarda das tropas acreanas que lhe foram ao encontro.
Não há, porém, que insistir apenas na ação militar do campeador gaúcho, a qual, por ser a mais brilhante, faz correr o risco de fixá-lo somente como guerreiro, quando ele foi com igual superioridade administrador e estadista.
Durante o tempo em que duraram as operações bélicas, de fato, a sua vontade se fez sentir também na vida civil da vasta região, quer para a manutenção da ordem legal, quer para não interromper os serviços da indústria extrativa, a única fonte de renda do novo Estado. E isso por tal forma foi conseguido, que no curso da guerra não houve solução de continuidade na administração dos negócios acreanos, e, quando no começo de 1903, em seguida à tomada de Puerto Alonso depois de nove dias de duríssimo assédio e tenaz resistência, havia bastante borracha para exportar em troca dos víveres e mais artigos necessarios às populações e ao exército.