que se seguiram a essas, tais como as de Caboto, Cabral, Corte Real, Fernão de Magalhães, etc., nada mais foram do que o complemento dos feitos de Colombo e Gama.
Partindo desse raciocínio, entendemos ser de bom alvitre fazermos anteceder o nosso estudo sobre o descobrimento do Brasil pela segunda armada da Índia de um resumo histórico onde nos ocupamos das supostas descobertas pré-colombianas e pré-cabralinas por navegantes lusos, habilitando assim o leitor a estimar, com melhor conhecimento de causa, o valor dos nossos argumentos na tese que defendemos neste livro.
Os melhores trabalhos aparecidos entre nós sobre o descobrimento do nosso país são os de Joaquim Norberto de Souza e Silva, Antonio Gonçalves Dias e Capistrano de Abreu, publicados os dois primeiros na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, respectivamente em 1852 e 1855, e o de Capistrano em 1883, pela editora G. Leuzinger & Filhos, Rio de Janeiro.
Na época em que esses historiadores publicaram os seus estudos, constituíram eles verdadeiros sucessos, visto que souberam não só aproveitar com invulgar inteligência o escasso material de que dispunham, como também porque defenderam os seus pontos de vista com uma linguagem elevada onde a erudição casava-se a todo o momento com a delicadeza das frases.
Depois do que escreveram esses historiadores, aqui e ali, esporadicamente, têm aparecido entre nós alguns trabalhos sobre essa empolgante página da nossa história, porém sem que seus autores se tenham aprofundado no assunto e trazido à discussão qualquer documento dos que ultimamente