O descobrimento do Brasil

Prefácio

Duas concepções geográficas se defrontavam nos últimos decênios do século XV, tratando-se do ambicionado caminho marítimo para a Ásia e particularizando para a Índia, donde com os aromas, pedras preciosas, brocados e púrpuras, vinha também à Europa a fama de riquezas fabulosas.

De um lado estava um pequeno grupo de cosmógrafos letrados, dos quais a história tem conservado os nomes de Toscanelli, Monetario, Behaim e Colombo, o qual dando grande impulso às ideias clássicas da antiguidade grega sobre a redondeza da terra e a pequena extensão dos mares, dizia que navegando rumo ocidente seria possível em curto espaço de tempo atingir a ilha de Cipango e o litoral de Chatay. Eram os partidários do chamado ciclo ocidental. Combatiam essa ideia os cosmógrafos portugueses que opinavam pela procura da rota marítima para a Índia navegando ao longo da costa ocidental da África até encontrar uma passagem ao sul desse continente e, assim, penetrar no Oceano Índico. Eram os adeptos do denominado ciclo oriental.

Dessas duas concepções geográficas resultaram o descobrimento da América por Colombo e o encontro do caminho da Índia por Vasco da Gama, sendo que todas as demais descobertas marítimas

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