Goiás à mais velha provocou comentários nos jornais e comparações com Luís XIV. Essa ligação escandalosa prolongou-se ainda por seis meses, depois da morte da Imperatriz.
Ambas as filhas foram tratadas, no Palácio, como princesas. A marquesa, que havia se afastado, prontificou-se, porém, a regressar, o que sem dúvida teria feito se o Imperador não contraísse novo casamento.
A mãe de uma futura Imperatriz imporia a condição do afastamento definitivo de semelhante pessoa, que parecia tão intrigante quanto Dom Pedro se mostrava fraco. A despeito disso, ele era enérgico, inteligente e bondoso, apesar da sua impetuosidade.
Sua esposa deveria, portanto, armar-se de coragem para não se intimidar.
A indulgência demasiada havia sido a causa da infelicidade da pobre Leopoldina. Deve-se acrescentar que as maneiras um tanto masculinas, que lhe eram peculiares, muito haviam de contribuir para esse resultado.
Dom Pedro gozava da fama de boa aparência, sendo, além disso, pai afetuoso e solícito.
Como aumentasse, cada vez mais, a impopularidade de Domitila, marquesa de Santos, afastou-a Dom Pedro da Corte, embora ela lhe houvesse dado recentemente uma filha.
Parecia ele disposto a mudar de vida, se conseguisse uma segunda esposa bela e simpática, o que brevemente havia de acontecer.
Por isso, Felisberto Caldeira Brant Pontes, marquês de Barbacena, antes de decorrido o ano de luto, teve de partir para a Europa com a missão de trazer nova Imperatriz e, além disso, o reconhecimento do Brasil como nação independente. O navio e o plenipotenciário estavam a caminho, mas faltava a noiva.
Dessa vez, Barbacena regressou sem noiva, em maio de 1828, porém com garantia da França e da Inglaterra quanto aos direitos da rainha Maria da Glória de Portugal.