No caminho de São Cristóvão, junto à ponte da propriedade do Comendador Manuel Caetano Pinto, imponente arco se erguia, e entre os dizeres, este:
Só faltava ao Brasil p'ra ser ditoso
Amélia possuir, render-lhe cultos.
Se Pedro há feito do Brasil a Glória,
Delicias do Brasil vem ser Amélia!
Das homenagens prestadas pelas colônias estrangeiras sobressaía a do comércio francês, que erigiu uma coluna, a imitação de Vendôme de Paris, trabalho executado por um Sr. Augé, com o auxílio de carpinteiros da esquadra francesa, que o contra-almirante Grivel franqueou do melhor agrado."
E aí está uma amostra do aparato decorativo com que a cidade do Rio de Janeiro recebeu a segunda Imperatriz do Brasil.
No dia imediato à sua chegada, devia a Imperatriz Amélia pôr o pé em terra.
Respeitemos, para tanto, o sabor descritivo do periódico contemporâneo, O Diário Fluminense:
"Enquanto Suas Majestades Imperial e Fidelíssima repousavam a bordo da fragata 'Imperatriz', as salvas de artilharia das fortalezas e das naus, a iluminação da cidade, os repiques dos sinos, preveniam o dia feliz 17 do corrente, em que deviam ser abençoados os votos do Augusto Imperador do Brasil.
Entre as formosas iluminações que mencionamos, sobressaía a dos navios de guerra Imperiais, que formavam duas linhas, a saber: no poço em frente ao Paço, a Fragata 'Imperatriz', a nau 'Pedro I', as fragatas 'Isabel', 'Maria Isabel' e 'Paraguaçu'; e na parte da terra, prolongada com o Paço, as canhoneiras 'Grenfell', 'Itaparica', 'Pojuca', 'Jacuípe' e 'Jaguaribe'.
Toda a esquadra era comandada pelo Exmo. conde de Sousel, que tinha arvorado sua insígnia de vice-almirante a bordo da Fragata 'Imperatriz'.