Uma filha de D.Pedro I, Dona Maria Amélia

No primeiro andar encontrava-se o quarto do príncipe Augusto, e no segundo foi alojada a sua comitiva.

Cedo, pela manhã, apresentou-se a criadagem que, do mordomo ao servidor inferior, se compunha de trinta pessoas.

É costume brasileiro que todo o trabalho seja fundamentalmente executado pelo negro.

Somente na estribaria havia doze cavalos, o mesmo número de mulas, e, para atendê-las, dezessete pessoas vestidas de verde, com galões dourados nos chapéus.

Quatro mulas eram destinadas ao carro de dois lugares do Duque, e duas a uma carruagem de menores proporções: três montarias estavam à sua disposição, e outras três para seus camareiros.

Quando Spritz despertou, viu diante de si um espetáculo encantador.

"O magnífico vale de São Cristóvão com suas inúmeras residências campestres, e jardins de luxuriante vegetação, estendia-se do Palácio, merecidamente denominado Quinta da Boa Vista, até os subúrbios, e era limitado pela baía e as montanhas do Corcovado. Um rochedo no Saco do Alferes limitava o panorama do lado da cidade, e do seu porto.

Do outro lado viam-se: o Campo de São Cristóvão, um convento construído sobre uma colina, hoje um quartel, e uma parte da baía, com diversas ilhas.

Na mesma tarde voltaram à cidade para uma grande recepção que se iniciou às 12 horas.

Augusto, recebido com honras militares, foi acompanhado por uma escolta de cavalaria e uma tropa de granadeiros.

No largo do Paço, no meio da multidão que tudo admirava, estavam as carruagens do Corpo Diplomático e dos membros da Casa Imperial; os arqueiros guarneciam as escadas.

O casal imperial esperava nos salões, rodeado de mais ou menos trinta damas de honra, com vestidos iguais, verdes,

Uma filha de D.Pedro I, Dona Maria Amélia - Página 31 - Thumb Visualização
Formato
Texto