com caudas bordadas a ouro e toucados brancos com plumas e enfeites verdes. Todas as outras pessoas esperavam em salas diferentes o início do beija-mão. Augusto, mais tarde, informou a mãe de que l'un et l'autre pareciam felizes e a irmã estava com une mine charmante.
Às doze horas em ponto troaram os canhões e foi hasteada uma gigantesca bandeira com as armas brasileiras na praça do Palácio. Seguiram-se as bandeiras de todos os navios mercantes e de guerra.
Soaram salvas de 21 tiros. Era o sinal do início das festividades.
Dom Pedro e Dona Amélia subiram ao trono, no salão de honra, com as crianças ao lado.
O desfile para o beija-mão foi aberto pelo Corpo Diplomático estrangeiro, seguiram-se os brasileiros, e todas as pessoas que estavam com trajes adequados, especialmente o grupo de civis e militares, de todos os graus.
A cerimônia durou umas duas horas.
As altas personalidades retiraram-se e visitaram a Igreja de N. S.a da Glória do Outeiro, especialmente venerada por Dom Pedro.
No dia 7 de dezembro Dom Pedro pôs toda a família em perigo. Regressando do Palácio de São Cristóvão, dirigia ele, conforme era sua paixão, dois fogosos cavalos, que, na rua do Lavradio, tomaram o freio nos dentes. A carruagem virou, atirando os ocupantes para fora. Augusto fraturou o braço direito, Pedro I duas costelas, Maria da Glória sofreu escoriações e Amélia só teve o susto.
Augusto informou a mãe do ocorrido. O médico Casanova havia encanado o braço e feito uma sangria, e ele não tinha dores, nem febre.
D. Amélia permaneceu ao lado do irmão, cuidando dele, que melhorou logo, assim como D. Maria da Glória.