A partir deste instante, o problema adentrou-se na Guerra dos Sete Anos.
O choque de interesses coloniais entre a França e a Inglaterra e o choque de interesses continentais entre a Áustria e a Prússia provocaram a inversão das alianças tradicionais, unindo-se França e Áustria numa guerra contra a Inglaterra e a Prússia. Impotente para sustentar uma guerra no continente e ao mesmo tempo defender seu império colonial, assistiu a França ao desmembramento de seu império colonial ante o poderio inglês. Na América do Norte perdeu o Canadá - Louisburgo (1758), Quebec (1759), Montreal (1760). Nas Antilhas - Guadalupe (1759), São Domingos, Granada, Santa Lúcia, São Vicente, Tobago e Martinica (1761-1762). Na índia - Surate e Masulipatam (1759), Pondichery (1761). Na África - Gorea e FortLouis (1759).
Os revezes sofridos pela França, acompanhados pelo fortalecimento inglês nas Antilhas, levaram a Espanha a se inquietar, sobretudo após o agravamento da questão das Honduras e do aprisionamento de vários navios espanhóis por corsários ingleses. Em 15 de agosto de 1761 as Cortes de Madri e Versalhes assinaram o Pacto de Família, cuja finalidade era manter a integridade dos Estados governados pelos Bourbons. Paralelamente, por um acordo secreto, comprometia-se a Espanha a declarar guerra à Inglaterra, caso até primeiro de maio de 1762 a paz não tivesse sido estabelecida.
Desde 1759 debatia-se Portugal com uma questão diplomática com a França em torno dos navios franceses violados em porto português pelos ingleses. Após a vitória da esquadra inglesa sobre a francesa, numa batalha travada nas costas de Portugal, quatro navios franceses buscaram refúgio no porto de Lagos, sendo até ali perseguidos por navios ingleses que os bombardearam e os apresaram. Este incidente provocou uma troca de notas entre as três Cortes, na medida em que o embaixador francês exigia a devolução dos navios apreendidos em zona neutra, e Portugal reclamava satisfações de Londres pela violação da sua neutralidade.
Após a assinatura do Pacto de Família e a entrada da Espanha na Guerra, um ultimatum franco-espanhol exigiu da Corte portuguesa a adesão ao Pacto, sendo que a recusa significaria