assíduos leitores do Antigo Testamento. A exemplo desses, Brandônio demonstra largas informações sobre assuntos relativos à história antiga, impregnado como os da sua época de apólogos hebraicos e fábulas greco-latinas.
Aparece-nos igualmente vaidoso das glórias de Portugal, a instar de um Alfredo Pimenta ou Fidelino de Figueiredo, não perdendo oportunidade de enaltecê-las em arroubos do mais veemente patriotismo. Tendo Alviano, avocatus diaboli, duvidado da capacidade exploradora dos portugueses, principalmente em confronto com os espanhóis, que inúmeras e ricas minas tinham descoberto, ao passo que os lusos, "em tanto tempo que habitam neste Brasil, não se alargaram pelo sertão para haverem de povoar nelle dez legoas, contentando-se de, nas fraldas do mar, se occuparem sómente em fazer assucares", revida Brandônio, "E tendes esta occupação por pequena? Pois eu a reputo por muito maior que as minas de ouro e de prata... Mas, porque não tenhaes aos nossos portuguezes por pouco inclinados a conquistas, abraçando-vos com esta errônea opinião, vos affirmo que, de quantas nações o mundo tem, elles foram os que mais conquistaram; e senão, lançae os olhos por esse Oriente, aonde nossos avós conquistaram ganhando, à custa do seu sangue tantos reinos opulentos, cidades famosas, provincias ricas, fazendo tributarios potentissimos reis ao imperio lusitano; o que não succedeu aos castelhanos,