boas como as de Pernambuco, e as autoridades facilitavam as dadas aos que lhes tinham ajudado a conquistá-las, e tinham meios para lavrar e povoar o que fora dos índios. Acrescentava Ambrósio Fernandes nessa altura, ao mister de cobrador de dízimos o de senhor de engenho - o mais ambicionado de todos na colônia - que não só dava meios de enriquecer, como ainda constituía uma espécie de nobreza repousando na posse da terra, em que ficava o seu possuidor encastelado como num feudo, mais soberano do que o donatário na donataria.
Com o auxílio das amizades de que dispunha junto dos mais ricos indivíduos da mercancia de açúcar, devia Ambrósio ter prosperado, porque além de fundar os engenhos do Meio e o de Inhobí, requereu em 1613 sesmaria na várzea de Gurgaú, onde elevou o seu terceiro estabelecimento. Ignora-se quando morreu; apenas existe certeza de que foi antes da invasão holandesa. Os seus herdeiros emigraram, os engenhos foram confiscados e rebatizados com nomes flamengos pelos agentes da Companhia das Índias Ocidentaes, e depois da guerra passaram à guisa de recompensa de serviços a João Fernandes Viera.
As medidas drásticas dos batavos, contra os parentes de Ambrósio, parecem indicar que não eram judeus. Tantos israelitas figuravam entre os invasores, tão grande a influência deles entre os capitalistas da Companhia, e na direção da empresa contra