o governo filipino, que se haveriam com benignidade para com o correligionário dos seus melhores auxiliares (os da Olanda vinham de Portugal, onde conservavam relações com os parentes), e si imperava a política dos Diretores de chamarem a si os principais senhores de engenho do lado lusitano, quanto mais fariam em se tratando de opositores da religião dos inimigos... A não ser que os Brandões estivessem no rol dos mestiços completamente convertidos pela educação, por influência do lado "ariano", e pelas conveniências do seu estado, os quais se mostravam mais católicos que o bispo Sardinha, e mais exaltados contra os invasores que o próprio Matias de Albuquerque. De qualquer modo, o préstimo de Ambrósio nas várias circunstâncias em que estivera envolvido durante a conquista da Paraíba, serviu-lhe talvez de escudo quando foi acusado pelo padre Doutel, de manter intimidade com notórios cristãos-novos.
O principal delito que lhe atribuíam era o de ter acobertado um judeu de nome Salvador Romeiro, que praticara o "peccado nefando com hum moço criado de Domingos Esteves carreiro morador em Camara Gibi... e por esta infamia se foi deste Brasil fugindo e ora é tornado e está em Pernãobuco morador em casa de Ambrosio Fernandes cristão novo feitor da fazenda de Bento Dias Santiago e dizem que por sua ordem fizeram ausentar o moço". Verdadeira ou não esta cumplicidade, é custoso