Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume III

supuseram modernos etnólogos que as notícias versando a antropofagia tupi relatada pelos jesuítas, fosse duvidosa, provindo do livro de Hans Staden. Notícias subsequentes de missionários de muitas ordens, dos viajantes e sábios de vária origem e época, confirmam a maior parte das fontes originais jesuíticas. A antropofagia do selvagem longe de ser apenas ritual - uma obrigação - como pretendem etnólogos afeiçoados à indiada, era pelo contrário, praticada como vingança e saboroso recurso contra a falta de víveres(61). Nota do Autor Não eram somente os tapuias, em extremo primitivos dos sertões nordestinos, que se desfastiavam com o endocanibalismo(62), Nota do Autor os tupis faziam o mesmo com uma frequência e constância, que denotam longo hábito e evidente prazer.

Consideravam o gentio ao personagem Monan ou Tumé, mortal como qualquer homem, useiro e vezeiro de artimanhas como qualquer pajé, dispondo ao seu talante da civilização material da tribo. Mostrara o modo de conseguir fogo, distinguir os vegetais inofensivos dos tóxicos, a maneira de

Pernambuco e as capitanias do Norte (1530-1630) – Volume III  - Página 294 - Thumb Visualização
Formato
Texto