O artista Debret e o Brasil

JOÃO FERNANDO DE ALMEIDA PRADO, mais conhecido como Yan de Almeida Prado, historiador e romancista paulista, é um dos mais originais vultos de nossa produção histórica. Depois de alguns estudos esparsos, apareceu nas nossas letras com um romance à clef: Os três sargentos, sob o pseudônimo de Aldo Nay, que mereceu respeitosa acolhida de Rodrigo Melo Franco de Andrade. No mesmo gênero, publicou, mais tarde, outro volume: A testemunha, também sob pseudônimo.

Data de 1935 a obra que o consagrou como historiador e bibliógrafo: Primeiros povoadores do Brasil, publicada nesta série "Brasiliana" e que já obteve quatro edições, e continuará a ser publicada para iniciação dos interessados neste capítulo de nossa História.

O estudo sobre Thomas Ender, em 1955, também incluído nesta coleção (grande formato), não é somente uma biografia do escritor austríaco, mas, paralelamente, "um episódio da formação da classe dirigente brasileira", como informa seu subtítulo.

Já no ano seguinte, aparece o ensaio O Brasil e o colonialismo europeu, com ousadas colocações sobre a influência das grandes potências em nossa política.

Mas a obra mais notável, imprescindível ao estudo de nossa era colonial, é a História da formação da sociedade brasileira, em três séries, contendo vários volumes: Pernambuco e as capitanias do Norte, Bahia e as capitanias do centro e São Vicente e as capitanias do Sul, verdadeira enciclopédia da História colonial.

Passando dos estudos de erudição aos ensaios históricos e políticos, Almeida Prado publicou, em 1973, uma ousada apreciação da vida republicana, contrapondo-a à era colonial,

(Continua na 2.ª orelha)

O artista Debret e o Brasil - Página 177 - Thumb Visualização
Formato
Texto