O artista Debret e o Brasil

(Continuação da 1.ª orelha)

da independência, do império, ressaltando a corrupção e salientando o papel dos estadistas paulistas: Política no Brasil. O Segundo Reinado é, para ele, a fase áurea de nosso desenvolvimento político.

A figura de Jean Baptiste Debret, nome de relevo na missão francesa unida no tempo de D. João VI, constitui o grande centro de interesse dos estudos do autor. Em 1973, publicou, nesta coleção "Brasiliana", um ensaio preliminar sobre Jean Baptiste Debret, precedendo a apresentação de 40 paisagens do artista do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Sobre as paisagens do Paraná elaborou preciosas notas o especialista Newton Carneiro.

Mas, com o prosseguimento das pesquisas, dados de importância vieram juntar-se a seus conhecimentos e, com a minúcia de costume, escreveu novo volume sobre o mesmo tema, com o tom de um estudo biográfico.

Percorreu numerosos jornais e publicações do tempo. Extraiu dessas fontes fatos até então desconhecidos.

O autor, entre nós conhecido apenas pela Viagem pitoresca, surge-nos agora como um precioso personagem da era revolucionária.

Para a história dos tempos primitivos de nossa Academia Imperial, este trabalho nos apresenta inesperados eventos de alto interesse. A atuação do diretor Henrique José da Silva é apontada seriamente como um obstáculo à obtenção, pelo Brasil, do grande proveito que poderia ser granjeado pela presença dos artistas franceses.

Os estudiosos da cidade do Rio de Janeiro encontrarão aqui dados novos para o conhecimento de sua evolução.

Américo Jacobina Lacombe

O artista Debret e o Brasil - Página 178 - Thumb Visualização
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