Perfil político de Silva Jardim

no dia seguinte, na imprensa em O Norte e o Diabo a Quatro. Constituiu golpe de mestre, porque levou o príncipe consorte a se manifestar pública e solenemente, em nome da família imperial, de que a monarquia não pretendia resistir à opinião pública, comprometendo a se submeter ao seu pronunciamento, feito por meios regulares. A vitória da excursão de Silva Jardim ao Norte, estava, dessa forma, ganha. Vencidas essas horas amargas de Recife, Jardim percorreu o interior: Olinda, Nazaré, Timbaúba, Goiana, Pau d'Alho, Iguaraçu, Palmares, Escada, Ipojuca. Em Timbaúba, um popular, após assistir ao discurso, de camisa de fora, exclamou, sentencioso: "Nunca vi um missionário pregar tão bem!" Os ouvintes discutiam quem falava melhor: Joaquim Nabuco ou Silva Jardim. Recebeu convites para ir ao Ceará e voltar à Bahia, rejeitando-os por considerar que ficara o rastilho da pólvora que lançara em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O fim da Monarquia estava chegando. Corria o mês de julho de 1889, o ano fatal para a queda da Monarquia, como o próprio Silva Jardim previra e efetivamente sucedeu, no centenário da Revolução Francesa (8) Nota do Autor.

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