e selvageria, elogiando a impavidez com que Silva Jardim enfrentara a "ira tigrina da Guarda Negra", condenando "os miseráveis assalariados", atacando inermes republicanos, que festejavam o grande propagandista. A população ficou irritada com todo aquele-alvoroço provocado pelas autoridades. Dias depois, Silva Jardim recebe, em Recife, um manifesto de solidariedade, com mais de cinquenta assinaturas de negociantes e comerciários, comparando-o a Washington e Tiradentes, dando seu apoio "a uma causa que vai triunfar com a onda civilizadora que sobe e vai se realizar, porque a Nação repele o Terceiro Reinado". Alagoas recebe com festas o propagandista, conquanto o jornal monarquista; O Orbe, manifestasse pomposa simpatia ao conde d'Eu, arrogando-se de intérprete dos alagoanos, protestava "contra essa oficiosa tentântica de aulicismo" o jornal Gutenberg, de Penedo.
Em Pernambuco, Silva Jardim viveu minutos de angústia ao ser recebido entusiasticamente por parte da população, principalmente do interior, embora em Recife a figura contraditória do caudilho José Mariano, cabo, eleitoral de Joaquim Nabuco que dias antes atacara energicamente o gabinete liberal no poder, publicasse, num jornal, que Silva Jardim devia ser respeitado como propagandista consciencioso, não assistindo, no entanto, à primeira conferência e seus jornais hostilizavam veladamente a campanha. À segunda conferência, efetuada na casa de Ribeiro de Brito, por lhe terem fechado as portas os teatros, por influência do caudilho recifense, compareceu, garantindo de novo seu apoio à liberdade da tribuna, porém, seus partidários assaltaram a casa de Ribeiro de Brito a tiros e pedradas, prosseguindo a conferência, entretanto, apesar destes atos de brutalidade. Os estudantes baianos de Recife protestaram contra tal atitude. Elementos monarquistas desafiaram Silva Jardim a falar em público e, aceitando este desafio, distribuiu volantes onde dizia "que os falsos liberais que acenam ao povo e obedecem aos acenos do sr. Gastão de Orléans nos mandem assassinar! Teremos prazer que o nosso sangue os manche para sempre". O meeting, porém, não se efetuou, devido aos sequazes de José Mariano ameaçarem dispersar a tiros os republicanos, exaltando com isso os ânimos de ambas as partes. Ante tal excitação o chefe de polícia assinou declaração confessando-se impotente para manter a ordem. É que os republicanos se haviam preparado a fim de contestar a ameaça, do qual resultaria, nessas condições, conflito de consequências imprevisíveis. Daí a decisão de Silva Jardim em aceitá-la, para contornar a situação, estampando-a com estardalhaço