que nesse tempo havia comunicações entre tribos distantes ao longo do curso do rio Amazonas. Os índios que vivem atualmente nas margens do Tapajós, desconhecem o urari, sendo a droga preparada somente pelas tribos que vivem nos rios que deságuam ao norte do Alto Amazonas, a 1.200 milhas do Tapajós.
A cidade de Santarém muito sofreu durante as desordens de 1835-6. Pelas notícias que tive, a cidade deve ter sido muito mais florescente pouco antes dessa época. Havia muito maior número de grandes proprietários, ricos em escravos e gado; a produção de cacau era maior e intercâmbio mulo mais intenso com os mineiros de Mato Grosso, que desciam o Tapajós com ouro e diamantes que trocavam por sal, ferragens e outras mercadorias europeias. Um velho senhor escocês, o capitão Hislop, que aí vivia há uns trinta e cinco anos, disse-me que Santarém era então o lugar mais delicioso para se viver. As provisões eram abundantes e baratas;