é bem claro que a ideia de um espírito como um Deus. benfazejo ou um Criador não entrou no espírito destes índios. Há grande semelhança em todas as suas mastaradas e cerimônias, quer o motivo seja um casamento, a celebração da festa dos frutos, o arrancamento dos cabelos da cabeça dos filhos, ou qualquer feriado marcado simplesmente por amor da dissipação. Alguns da tribo se cobrem nestas ocasiões com as penas de colorido vivo de papagaios e araras. O chefe usa uma espécie de capuz feito de penas de tucano, presas em rede de fios de bromélia e com penas eretas de arara presas no cocoruto. As voltas dos braços e pernas são também ornadas de tufos de penas. Outros usam disfarces mascarados; são longos capotes que chegam até abaixo dos joelhos e feitos de espessa entrecasca esbranquiçada de uma árvore, cujas fibras estão entrelaçadas de modo tão regular que o material parece de tecido artificial. A capa cobre a cabeça; cortam-se dois buracos para os olhos; grande pedaço redondo do tecido, sustido por um rebordo de madeira flexível é pregado, de cada lado para representar as orelhas, e as feições são pintadas em estilo exagerado com estrias amarelas, vermelhas e negras. As roupas são cosidas nas formas desejadas com fio feito da entrecasca de Uaisima. Usam-se, às vezes, nestas festas máscaras grotescas, representando bustos de macacos ou cabeças de outros animais, feitos armando o pano ou a pele em armadura de cipós entrelaçados. A máscara maior e mais feia representa o jurupari. Nestes hábitos festivos os tucunas executam suas monótonas danças balanceadas e sapateadas, acompanhadas de cantos e de tambores, e mantêm o divertimento às vezes durante três ou quatro dias e noites sem parar, bebendo enormes quantidades de caiçuma, fumando tabaco e tomando rapé de paricá.