Problemas de Governo

O governo e a economia nacional. — Fora disto, não parece provável o êxito da política de subsídios, atualmente em voga.

A razão é obvia. As grandes indústrias não são plantas de estufa, a medrarem em condições artificiais, à custa de prêmios, subvenções, cuidados e favores. Antes semelham robustas essências florestais, que resistem às intempéries e desafiam as inclemências naturais. Precisam ser organismos temperados na rudeza da luta, em condições correntes. A única proteção, e esta amplíssima, que o Estado lhes pode e deve dar, além dos requisitos gerais de tranquilidade e de ambiente financeiro sem crises, consiste: em facilitar a criação de usinas, pela isenção de direitos sobre os maquinismos; assegurar a vida remunerativa delas, garantindo-lhes o mercado, sem majoração de preços; manter a situação econômica da produção, pela permanência da situação tarifária.

Outros tantos critérios julgadores, em que não divergem os que refletem sobre a organização lógica e normal da economia.

Para se exercerem com plena liberdade e eficácia, exigem por parte do governo qualidades, que, por não serem comuns, não são, entretanto, excepcionais.

Competência; desprendimento; visão nacional dos fenômenos e dos interesses; poder classificador dos fatos; valia moral e, no modo de agir, predomínio absoluto do ponto de vista coletivo.

Acima de tudo isso, não querer governar de mais.

Com a aplicação crescente de tais normas diretoras, crescem paralelamente os rendimentos e os coeficientes de eficácia da máquina governativa. Diminuem os disperdícios de energia. Reduzem-se as

intervenções errôneas e os atritos sociais. Em vez

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