Problemas de Governo

para a curta duração da própria existência, enquanto os governos visam a eternidade. As soluções virão.

Por outro lado, problema essencialmente nacional, a siderurgia deve independer da estreiteza do espírito regionalista. E este, infelizmente, tem embaraçado o caso de modo duradouro e grave.

A grande siderurgia, no estado atual dos conhecimentos e quanto permite a previsão do progresso nos métodos elaboradores, não pode fundar-se no carvão de madeira. Além do que, tal solução vem complicar exigências coexistentes de consumo doméstico de lenha, nas cidades, das vias férreas, da indústria da madeira e de tantas outras.

Usar de minérios inferiores, em vez de tratar os melhores, quando se possuem tipos de mor valia, é erro econômico.

Tais considerações não nos permitem aplaudir os recursos

prodigalizados, quer pela União, quer por São Paulo e por Minas, às pequenas usinas fundadas nessas duas circunscrições da República.

Em tais bases não se fundará a grande indústria do ferro, como a espera e incontestavelmente a possuirá o Brasil. Quando muito, alimentarão uma prosperidade artificial de estabelecimentos destinados a sucumbir, quando se instalarem as grandes usinas, cuja localização talvez não seja erro prever no vale do Paraíba, a meia distância dos minérios da zona ltabira do Campo, Burnier, Paraopeba, e das importações de hulha: europeia ou americana, estas, ou de Santa Catarina, a se realizarem normal e economicamente os transportes até a usina, após confirmação prática das esperanças despertadas pelas experiências alemãs de purificação e de coqueificação.

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