Segunda viagem ao interior do Brasil: Espírito Santo

acha disposta em pelotões no litoral e a apreciação que eu faço do território desta província não compreenderia suas florestas, ainda desconhecidas e somente habitadas pelos índios selvagens.

Em Minas, Campos, Rio Grande do Sul e provavelmente em todo o sul do Brasil, quando se diz apenas a Capitania, é sempre a do Espírito Santo que se refere, e, no interior, mesmo desta última, não se usa quase o nome de capitania senão para a Vila da Vitória, a Capital.

Além dessa cidade, contam-se, ainda, seis outras na província do Espírito Santo, a saber: Itapemirim, Benevente, Guarapari, Vila Velha, Vianna e Almeida, que não têm Juiz e que mereceriam apenas o nome de povoações.

Em segunda instância, a Justiça é representada, na província, pelo Ouvidor da Vila da Vitória, cuja jurisdição se estende, como disse, ao distrito dos Campos dos Goitacazes.

As finanças da província do Espírito Santo são administradas por uma junta (Junta da Fazenda Real) composta do governador e de cinco membros que não têm honorários mas que recebem certa comissão sobre o bruto das rendas da província. Na época da minha viagem, não havia mais que um membro da junta e o governador, que se reuniam, e a administração do Tesouro público achava-se real e inteiramente a cargo deste último. As rendas da província atingiam, então, a média de 30.000 cruzados, por trimestre, mas, a

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