Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822)

e construído numa esplanada mais elevada, de onde se descortina agradável vista.

Ao lado da igreja avista-se uma dessas casinholas chamadas Casas do Imperador. Servem para as festas de Pentecostes. Esta, segundo o hábito, é quadrada, baixa constando de dois quartos. O do fundo, fechado e muito pequeno, o outro, aberto na frente e dos lados.

Neste local recebe o “imperador” o cortejo e ali se vendem, em leilão, os objetos ofertados pelos devotos ao Espírito Santo.

O nome de Inhaúma não é provavelmente senão a corruptela da palavra Inhuma nome este que no Brasil se dá a uma ave cujo nome científico agora me escapa. Como muitos lugares têm o nome de Inhuma ou Inhumas, parece-me certo que esta ave, hoje tão rara, era antigamente comum.

Exterminaram-na os caçadores para obterem a espécie de chifre que traz à cabeça e a que se atribuem numerosas virtudes.

Em Inhaúma, como em muitos outros lugares do Rio de Janeiro, não há uma aldeia, propriamente dita. Compõe-se a paróquia unicamente de casas esparsas pelo campo. Em Minas Gerais, pelo contrário, não existe paróquia sem aldeia e o motivo é fácil de se apontar.

Perto do Rio de Janeiro as terras se subdividiram mais do que em qualquer outro ponto do

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