Aos guias da Nação, pedem abnegação inteira e patriotismo sem mescla. Bem pequeno sacrifício em prol de Terra tão grande e tão generosa!...
Mas, acima de tudo, impõem trabalho e ação em vez de palavreado sonoro e vazio, e de cortejo à popularidade. Reclamam energia e aborrecem às capitulações. Consciências, e não individualidades evanescentes. Capacidades e não rétores.
Íntima e profunda convicção de quantos cogitam do futuro do país, o momento que passa equivale ao da decifração do enigma da Esfinge, momento em que Oedipo simbolizou o livre esforço de um povo ávido por subir e revelar ao Mundo o Milagre Helênico. Persuadido de que estamos atravessando um dos maiores períodos genéticos da Humanidade em ânsia do progresso, nutro igual certeza de que cessou a fase da declamação para surgir o pleno domínio da ação e da energia.
O Embaixador Gerard, ao narrar sua missão diplomática, em sua formosa obra "My four years in Germany", resume o motivo pelo qual deu publicidade às suas observações, no alto símbolo místico que a luta presente encerra.
Com essa concepção coincide meu modo íntimo de pensar. É, pois, sob os auspícios de suas palavras, que valem para o mundo inteiro e não só para a América, que me animo a colocar neste trabalho, cujo escopo reflete o que sinto pela grandeza e pela maior majestade do nosso Brasil.
"There are too many thinkers, writers and speakers in the United States; from now on we need the doers, the organisers, and the realists who alone can win this contest for us, for democracy and for permanent peace".
Rio, Setembro de 1918.