Zoogeografia do Brasil

de regiões escolhidas e então fazendo as pesquisas irradiarem em círculos cada vez mais amplos, como, por exemplo, o livro de Scharff — Animais Europeus, o de Haake — Pátria e Vida dos Animais, os grandes tratados sobre faunas locais; ou zoologia geográfica, e toma grupos escolhidos de animais e traça suas modificações no espaço e no tempo, como a Distribuição geográfica dos decápodes d'água doce de Ortmann. Ambos os métodos são de grande interesse e cada qual tem suas vantagens na reconstrução da páleo-geografia.

A direção ecológica faz o estudo dos animais em relação com o meio. Em vez de procurar genealogias ou mostrar como e quando os animais chegaram às varias regiões, investiga as condições físicas dominantes em cada localidade e como influíram as mesmas sobre as faunas. Esse ponto de vista mais recente, mais vivo, mais rico em promessas encontra seu pleno desenvolvimento no livro de Hesse — Zoogeografia sobre uma base ecológica.

No que diz respeito especialmente à América do Sul e, de modo mais particular, ao Brasil, encontramos como obra primordial a Historia Naturalis Brasiliae de Piso e Marcgraav, já referida.

"Desde aquela época", diz hileia Ihering em 1907, "não foi mais publicado livro algum que correspondesse mais ou menos à obra citada".

Sito documentos interessantes e de grande valor para a geografia zoológica, as narrações das viagens de Alexandre Rodrigues Ferreira (infelizmente inéditas em sua maior parte), de Spix e Martius, do príncipe Maximiliano de Wied, de Natterer, de Castelnau, e as obras de Burmeister — Compêndio sistemático dos animais do Brasil (1856) e de Liais sobre "Climas, Geologia, Fauna e Geografia botânica do Brasil (1872).

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