aquáticos como para aqueles que vivem mergulhados na terra úmida. Exemplo muito eloquente é o caso das classes de anelídios: oligoquetas (minhocas) ou vivem na água doce ou na terra úmida, onde circula água pobre em sais, havendo uma única espécie capaz de ser encontrada nas praias; os poliquetas são todos marinhos: errantes, fixos ou mergulhados na areia ou no lodo do fundo; os hirudínios (sanguessugas), talvez por seu modo especial de alimentação, adaptaram-se à vida oceânica, às águas doces e mesmo à terra úmida, sob as pedras, como essa nossa sanguessuga de aspecto de minhoca, tão comum na Serra dos Órgãos (Liostomum joseense).
Como todos os fósseis mais antigos (do Cambriano) são animais marinhos, Murray chama a água do mar meio congênito, e Fredericq, acentua que os invertebrados pelágicos são isotônicos com o meio em que vivem.
Considerando-se as comunidades de animais aquáticos, do alto das montanhas até o nível do mar, encontramos uma série de graus adaptados a concentrações salinas cada vez mais fortes, desde as regiões alpinas, de água quase igual à distilada, e de acidez mínima, até as salobras das lagoas e estuários.
Observam-se algumas exceções quando as águas atravessam rochas muito solúveis, formando-se então lagos ou rios salgados em nível onde, normalmente, as mesmas são muito menos densas.
Há animais que só podem viver dentro de limites muito estreitos de salinidade, como por exemplo os madreporários dos recifes, na água salgada, e os anfíbios nas águas doces, outros, ao contrário,