para demonstrar a nova vitalidade do cenáculo literário recomposto. (1) Nota do Autor
Lancei-me, assim, no cumprimento da parte que me tocava, a cata de dados e informações que me permitissem fixar a fisionomia do homem que dava o nome à poltrona antes ocupada por Alberto Faria, o de Campinas. Confesso que pouco, pouquíssimo sabia da vida desse pioneiro da abolição. Além da \"Bodarrada\", meus conhecimentos não iam muito além do que os mestres ensinam nas escolas, ao estudar as lutas pela eliminação da escravatura, e se escoravam sobre as páginas de Silvio Romero, na sua História da Literatura Brasileira.
Voltei de minha peregrinação em busca desses dados, verdadeiramente estupefato. Descobri uma fila numerosa de trabalhos, na sua maioria artigos de jornais e de revistas, que se propõem contar a vida do insigne baiano. Há dezenas deles, alguns extensos e já incorporados a livros, mas nos quais não se revela a mínima tendência para uma pesquisa histórica rigorosa. Andei atrás de pistas que me conduzissem a encontrar o arquivo individual de Luiz Gama e nada consegui adiantar. Ninguém sabe nem mesmo se existiu.