morbos, deveria ele agir por força do clima ambiente, que, além disso, exerceria uma atuação misteriosa sobre o homem e as sociedades humanas.

Dar-se-ia a revivescência da concepção anímica do universo, atribuindo "gênio do bem" ou do "mal" às coisas do mundo? Ou seria a sobrevivência daquele sentimento ingênuo do homem primitivo, que nos chega através da mitologia, segundo o qual o ser humano sentia a revelação da divindade em todas as expressões e fenômenos do mundo físico?

Tratar-se-á, certamente, da "mentalidade primitiva" de que Renan condensa este juízo nos "Estudos religiosos": "Mui diferentes eram as impressões e as divindades das montanhas, como eram outras as da terra e ainda mais diversas as do fogo e dos vulcões, as da atmosfera e de seus variados fenômenos". E mais adiante: "Tudo quanto impressionava o homem, tudo o que excitava em sua alma a impressão do divino, era deus ou elemento de um deus: um grande rio, uma grande montanha, etc."

Gerou-se assim a crença na ação sobrenatural da atmosfera e dos agentes atmosféricos, a