Amazônia - a terra e o homem

No Reino das Náiades

A opinião crítica — precipitada, tumultuosa, claudicante pela deficiência de análise e observação — tem oscilado sempre, ao definir a região amazônica, entre os arroubos de exaltação otimista e os libelos de um pessimismo fulminador. Daí, duas definições antinômicas exprimirem, em fórmulas sintéticas, o radicalismo desses juízos extremados: Inferno verde ou Paraíso verde.

Nem inferno, nem paraíso.

A enormidade imensurável, os latifúndios inviolados, as impérvias terras sem dono, toda essa vastidão territorial ilimitada, que dominam selvas espessas e intérminas, projeta-se num babilonismo sugestivo, até à mente dos que de longe observam, envolvendo-a na dúvida, no mistério, no terror.

Desse erro de visão atordoada, sobressaem as lendas, as fábulas, as superstições, toda essa trama

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