Amazônia - a terra e o homem

Buffon, um dos consolidadores da "teoria do meio", com aquele sentido divinatório do gênio, não crê numa cega e brutal ação dominadora, nem em influências solapadoras sobre o homem inerte e impassível, porque lhe reconhece, no teatro da vida, uma intervenção real e positiva: "La face entière de Ia terre porte aujourd'hui l'empreinte de Ia puissance de l'homme, laquelle, quoique subordonnée à celle de la nature, souvent a fait plus qu'elle ou du moins l'a se merveilleusement secondée que c'est à l'aide de nos mains qu'elle s'est développée dans toute son étendue".

Entrevira, pois, o homem como agente natural que é.

Michelet, com aquele mesmo senso de previsão dos gênios, pressente que o solo e o clima não são tudo na história; e prevê a ação da raça.

Le Play reconhece na questão do meio a base da ciência social. Sua escola distingue três tipos de sociedades primitivas, oriundas das diversas categorias do solo: a estepe dos pastores; a beira-mar dos pescadores; a floresta dos caçadores. Essa escola descobre no estado primitivo do solo a origem das formas de governo, da família e da propriedade.

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