ciências naturais; deixa de ser a descrição da terra para ser a ciência da terra. Surge a geografia humana.
Frederico Ratzel, grande naturalista, publicava em 1882 o primeiro volume de sua antropogeografia; inspirara-se em Karl Ritter, J. G. Kohl e G. B. Mendelssohn.
Renova "a maneira de compreender a humanidade a atividade humana como fatos geográficos" (J. Brunhes). Definindo as noções de quadro natural (rahmen), de lugar no globo (stelle) e de espaço (raum), Ratzel avança até conceber a terra como um "suporte rígido" que "regula os destinos dos povos com uma cega brutalidade", assentando destarte as bases científicas de um determinismo geográfico, brutal e cego.
Chefiando uma escola francesa de geografia humana, desde 1872 Vidal de La Blache, como historiador, vem orientando os geógrafos num sentido de prudência e habilidade ao jogar com os termos de solo e clima na interpretação da história, sem aquele espírito de generalização precipitada e de dogmatismo que caracterizam o geografismo à Ratzel.