O meio físico ou cósmico não age diretamente, não age exteriormente, mas sim por intermédio do meio interno, fisiológico ou psicológico. A ação faz-se exercer, através do aparelho vegetativo e do sensorial, sobre as funções do organismo. São os alimentos, os tóxicos, introduzidos no seio da economia viva; são as impressões sensitivas, recebidas pelas terminações nervosas periféricas e recolhidas aos órgãos centrais do sistema nervoso, onde se projetam sob a forma de sensações para elaboração do pensamento. É o pão; é o veneno; é a ideia.
A vida é função do meio interno líquido, que embebe todas as células, todos os tecidos; é o plasma intersticial, o plasma nutritivo, de cuja composição depende o equilíbrio metabólico. As deficiências nutritivas (as avitaminoses) e as perversões alimentares (as intoxicações) são outros tantos elementos comprometedores, ou corruptores do organismo humano, independendo do clima, do meio cósmico, dos fatores ambientes.
Assim também certos estados mórbidos, atribuídos outrora à ação puramente climática ou mesológica, ao ar e às emanações telúricas, são hoje reconhecidamente produzidas por agentes naturais,