de espionagem, de propaganda surda e minaz, e sem que os espionados se apercebam do perigo".
A expedição militar do Pará de 1837 tivera como resultado prático deslocar os cabanos, arrastando-os para Maués. Redundara, portanto, num golpe antiestratégico, porque encaminhava-os para lugar, taticamente muito mais importante para eles por ser a chave do Madeira. Perseguidos pela expedição militar, evacuam a Baía de Luzéa, mas insinuam-se pelos afluentes do Rio Maués. Entram então num regime de lutas de guerrilhas e emboscadas, que cansam as forças legais, forçando-lhes a resistência.
Ao contrário, pois, do que informam os mais acatados historiadores brasileiros, o General Andréa não conseguiu extinguir a Cabanagem. O seu mais perigoso foco, por localizado numa região geograficamente propícia às atitudes estratégicas em que se haviam notabilizado os cabanos, facultava-lhes um centro de operações sempre temíveis e funestas aos adversários.
Em 1839 há uma ofensiva legal brilhantíssima: O Primeiro Tenente da Armada Araujo e Amazonas, depois de uma ação violenta, corta a fuga dos cabanos, que então ficaram entre dois fogos: