Se é imprudente recusar em absoluto a ação do meio natural, temerário é certamente exagerá-la, aceitando-a como um imperativo a prefigurar a história, reger-lhe o curso e determinar-lhe os acontecimentos.
A geografia não faz a história; mas não se lhe pode negar influência na evolução da humanidade.
Não há uma força cega e brutal, impulsionada por fatal determinismo; mas, em função do "complexo organismo-meio" e por consequência de suas interações, processa-se o trabalho biológico e social da adaptação.
Os excessos de doutrina derivaram de conceber-se o meio como exclusivo elemento ativo, admitindo a passividade do homem ante as implacáveis ações naturais.
Considera-se hoje, porém, um processo de adaptação ativa, em que se equilibra o jogo das ações do meio e do indivíduo, nas suas relações de interdependência e de reação.
No cômputo desses agentes de ação e de reação, entre as forças naturais e a atividade humana, traduzida na "ação da natureza sobre o homem" e "reação do homem sobre a natureza",