ou de sombra; menos conhecidas são as influências das plantas no conforto climático, no preparo do solo fértil, na biocenose, etc.
Basta lembrar o papel das florestas no problema hygronomico de cada país, como ensina Alberto Torres, tratando d'As Fontes da Vida no Brasil e d'O Problema Nacional Brasileiro.
É absurdo pensar que nossa flora é inesgotável; uma tão errada presunção tem levado todas as zonas florestais do mundo a grande empobrecimento.
Por outro lado, alguns autores tem exagerado o valor das matas; limitemo-nos a repetir Mahé, no Dictionnaire des Sciences Médicales (vol. 28, p. 114 ), dizendo que a floresta ocupa um lugar importante na natureza, no comércio, na agricultura, na higiene. Prepara o solo fértil, iguala e regulariza a temperatura e os cursos das águas; é nossa melhor salvaguarda contra as inundações; saneia a um tempo a terra e a atmosfera; recreia o moral, restaura físico do homem e o faz gozar as belezas da natureza, pelos esplendores da vegetação. Eis bastantes títulos, continua Mahé, para que mereça proteção contra as sevícias que sofre.
Mahé recomenda que, pela proteção, se esforcem ao mesmo tempo os administradores e as próprias populações.
Refiro-me de preferência a florestas, porque em nosso patrimônio florístico as matas constituem a parte mais importante; é a que mais precisa proteção, racional e não à outrance, para que não desapareça seu indispensável concurso ao conforto climático, ao comércio e à agricultura; aliás a silvicultura no Brasil tem diante de si um brilhante futuro; oxalá compreendamos desde já que, na exploração racional da cobertura ou vestimenta