Fitogeografia do Brasil

seu programa de replantio; as florestas nos vales competem aos particulares, se de rendimento ou industriais.

Modernamente essa orientação é a geralmente aceita, razão por que no recente Congresso Internacional de Geografia de Paris, em 1931, foi criada uma Comissão Especial, Internacional, para o estudo e o fomento do povoamento vegetal e animal das montanhas.

O Brasil será certamente convidado a tomar parte no próximo Congresso Internacional de Geografia, a realizar-se em Varsóvia em 1934; será muito interessante que desde já os nossos silvicultores preparem trabalhos, sobre este tema, para o referido congresso; já temos no Rio um caso concreto, o do reflorestamento da Tijuca, por Archer, mas um caso único é pouco para um país tropical como o é o Brasil e que está hoje cheio de morros pelados; recentemente, no Excelsior, Humberto de Almeida, do Serviço Florestal, plantou seis mil árvores; em São Paulo, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, etc., tem sido feitos grandes replantios industriais, como se verifica dos trabalhos de Navarro de Andrade e do livro de Monteiro Lobato — A Onda Verde.

No relatório que apresentei ao Congresso Internacional de Silvicultura de Roma, sobre o problema florestal no Brasil em 1926, tive ocasião de divulgar uma longa bibliografia sobre o assunto e pela qual se verifica que há mais de um século se desenvolve em nosso país a campanha defensiva de nossa flora, salientando-se no começo do século passado José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca, de quem procede uma expressiva produção literária Visão da Grande Pátria, bem conhecida desde a escola primária, pois Erasmo Braga a reproduziu em seu 2º Livro de Leitura; vou repetí-la aqui:

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