Fitogeografia do Brasil

fazer in loco, pudesse entregar-se de preferência a observações ecológicas; e mesmo assim, levou mais de 20 anos a elaborar seu livro Lagoa Santa, cuja tradução foi feita por Alberto Löfgren, em 1909.

A Sociologia Vegetal que é sub-ramo da Fitogeografia Ecológica, segundo alguns autores e estuda os agrupamentos ou as associações das plantas, exige também demoradas observações, até mesmo para a simples contagem ou prospecção de indivíduos de uma dada espécie, por metro quadrado, por quilômetro quadrado ou por hectare, em um campo ou em uma floresta.



ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS

Para que se tenha uma ideia das exigências da Ecologia Vegetal, a partir das observações meteorológicas, limito-me a citar o trabalho de J. Boerema, no Terceiro Congresso Pan-Pacífico de Ciências, de Tókio 1926 (Vol. II, 1928), sobre tipos de chuvas nas índias nerlandesas; o autor refere-se então às três mil estações pluviométricas, em operação nas índias holandesas, sendo que 2.200 só em Java.

Observações regulares feitas aí, a partir de 1879, revelaram 69 tipos de chuvas em Java e Madura, 84 tipos em outras províncias, levados em conta os três fatores seguintes:

1. As estações equatoriais duplamente chuvosas.

2. As monções.

3. As influências locais, sendo:

a) principalmente deflectivas de correntes de ar, prevalecendo sobre vertentes de montanhas.

b) Ascenção convencional por aquecimento local desigual.

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