Fitogeografia do Brasil

TEORIAS MONO E POLICÊNTRICA

Muito mais difícil ainda do que os outros ramos é a Fitogeografia Genética ou estudo da origem das plantas de cada região, pois de início envolve as teorias antagônicas do monogenismo e do poligenismo ou do unicentrismo e do policentrismo, e assim tem de deslindar os casos, em geral obscuros e dúbios, de espécies que surgiram na região estudada, e outras que vieram de fora, sendo que no caso a Fitogeografia Genética reconhece em cada zona:

a) Uma flora natural ou indígena, compreendendo plantas espontâneas ou autóctones e plantas imigradas, pelos meios naturais de transporte.

As autóctones são também chamadas geralmente endêmicas.

b) Uma flora adventícia ou antropocórea, isto é, transportada pelo homem, seja intencionalmente (plantas úteis), seja passiva ou inconscientemente (pragas das culturas).

Quer no relativo a plantas emigradas, quer em relação às adventícias, é fato demonstrado, ensina Flahault, que uma planta não pode aclimar-se senão onde encontra condições ecológicas vizinhas das da zona de origem.

Há aí, como se vê, uma série enorme de questões biológicas a deslindar.

Maiores dificuldades ainda oferece a Fitogeografia Paleontológica ou Paleofitogeografia, isto é, o estudo de plantas fósseis; quanto ao Brasil, indico aos interessados os recentes trabalhos de Euzebio de Oliveira, sobre a origem da flora brasileira nas eras geológicas e bem

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