Fitogeografia do Brasil

exemplo, entre a zona das caatingas e a zona da araucária, entre a zona dos campos e a das florestas orientais, etc; é que náo são de fato zonas, mas distritos ou subdivisões de zona, na escala hierárquica das gradações fitogeográficas, como veremos no final do curso.

Cumpre lembrar que, como ficou dito, a própria Hylaea brasileira já é uma zona da Hylaea; nesse caso o que vulgarmente se chama zona corresponde a distrito florístico, no sistema de Engler; para uso interno poderemos, porém, aplicar o termo zona, já vulgarmente consagrado.

Entre as chamadas zonas amazônicas as diferenças são sutis, pois, quer no Alto quer no Baixo Amazonas, são por iguais características as matas de terra firme, as matas de várzea e os igapós.

Demais há numerosas plantas ubiquistas, isto é, que se encontram em toda parte ou pelo menos muito dispersas em toda hylaea brasileira, assim o jauari, o urucuri, muru-muru, a paxiúba, a castanheira do Pará, etc.

Esta, por exemplo, embora largamente dispersa na Amazônia, não se encontra em todas as florestas; assim, segundo Ducke, a mata de terra firme da primeira cachoeira do Trombetas não tem castanheiras.

Em regra, as castanheiras formam grupos nas matas, grupos a que os apanhadores de castanhas chamam pontas de castanheiras.

Em Mato Grosso, a Bertholletia se encontra desde o rio Jurema, na confluência do rio Juina; na Amazônia, os maiores castanhais, segundo DucKe, são entre o Tocantins e o Xingu, bem como em Santarém, havendo neles muito caucho (Castilloa Ulei).

As castanheiras e o caucho são característicos das matas de terra firme, matas riquíssimas em espécies e cujo catátogo completo é por enquanto impossível, pois há ainda muitas espécies desconhecidas.

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