frente dos inimigos da pátria. E, visto que a ordem é condição essencial de todo o progresso, nossos esforços devem ser sempre envidados no sentido de mantê-la inquebrantável, com o respeito às leis e à autoridade constituída, sob a nova bandeira que ali se desdobra ao sopro da liberdade (apontando para a bandeira içada no penol da mezena), indicando-nos o caminho do dever.
"É aquela bandeira, símbolo sagrado das liberdades pátrias, que de hoje em diante nos cumpre defender à custa do próprio sangue, se tanto for mister".
Nossas palavras, se não excitaram entusiasmo, podemos afirmar, não foram ouvidas com desfavor, pois era fácil de conhecer que elas traduziam exatamente o que sentíamos e jamais deixamos de sentir.
Na manhã do dia 18 veio ter conosco o 2º tenente D. Augusto e declarou-nos que resolvera não pedir demissão, mas uma licença de seis meses: mostrou-nos um telegrama em que a ex-Princesa Imperial, o Conde d'Eu e o Príncipe D. Pedro, que o subscreviam, lhe aconselhavam esse alvitre.
Telegrafamos então ao Ministro da Marinha fazendo-lhe ver o que D. Augusto vinha de declarar-nos: "não pedia demissão, mas seis meses de licença". Foi-nos dada a resposta em telegrama: — "Príncipe peça demissão serviço, concedo licença". Mostramos a D. Augusto esta resposta, após o que, mandamos ajustar-lhe as contas e desembarcá-lo, a fim de ele entrar no gozo da licença que lhe fora concedida. Não devemos, porém, ocultar que o Príncipe permaneceu sob a bandeira da República até a véspera de nossa saída do porto de Colombo, pois só então desembarcou. Repetimos: na questão vertente outra não podia ser nossa conduta, porquanto na legislação militar que, segundo o manifesto apresentado pelo Governo Provisório ao país, continuava a ser a do regímen extinto,