militares para não dar azo a malévolas suposições nem lhes ofender suscetibilidades, cumpria-lhe aguardar ocasião mais azada, em que aquela medida viesse naturalmente, e de modo algum pudesse despertar no espírito público a ideia de interesses menos confessáveis. No intuito de desfazer a má impressão que esse ato do governo tivesse por ventura produzido no conceito público, propusemos aos oficiais do "Almirante Barroso" fazer ativa propaganda, logo que chegássemos ao Rio de Janeiro, no sentido de conseguirmos que os oficiais das duas classes militares requeressem a revogação daquele ato; proposta que, sendo aceita pelos nossos comandados, não foi todavia tornada realidade porque, sondando-se com mais vagar os ânimos a respeito, se reconheceu não ter ela o apoio da maioria.
De passagem por Toulon, achando-se em Cannes o sempre pranteado D. Pedro de Alcântara, ex-Imperador do Brasil, cuja memória havemos de sempre honrar como homem e como político, em nosso nome e no dos oficiais do "Almirante Barroso", por telegrama, o saudamos tanto mais reverentemente quanto a nossos olhos sua sublime personalidade se havia tornado fulgurante no exílio, impondo-se ao respeito e à admiração do mundo por suas excelsas virtudes e patriótica resignação.
Se ele ainda vivesse, seria o único penhor da restauração monárquica no Brasil; e patriota abnegado, qual nos julgamos, preferiríamos a monarquia absoluta com ele, à república que tivemos nos ominosos tempos dos transatos governos.
Na monarquia nunca nos filiamos a nenhum partido político, nem uma só vez exercemos o direito de voto nos comícios eleitorais, jamais ocupamos lugar político, e muito menos nos prestamos a manejos eleitorais nos cargos de