principalmente a prodigalidade e o escândalo com que foram esses favores concedidos.

Apesar, porém, dos grandes males causados por seus desmandos, bem merece da pátria o governo Provisório, porque com eles pôde manter e firmar as novas instituições sem sacrifício de uma só vida, sem usar de violência senão nos casos impostos pelas imperiosas e fatais consequências da transformação política.

Agora, para terminar esta parte de nosso despretencioso trabalho, rendendo homenagem ao talento do honrado Ministro da Fazenda, proclamamos com estatísticas à vista a eficácia de seu plano financeiro, que não obstante o esbanjamento de grande parte das emissões bancárias, realizou o que em quase 30 anos se não conseguiu na monarquia, isto é, elevou em 10 anos a mais do duplo nossa exportação quando, em todo aquele tempo, não chegou ela a elevar-se de 50%, e, desenvolvendo nossas indústrias, consideravelmente diminuiu a importação, que durante o império constantemente crescia.

Devem, pois, hoje penitenciar-se aqueles que condenaram o aumento de nossa circulação monetária e acrimoniosamente censuraram o ministro que o decretou.

Quando mais desenfreado ia o jogo da bolsa, e o dinheiro que dele se escoava era dissipado na ostentação do luxo e na satisfação de paixões degeneradas; quando todos os meios eram lícitos para galgar posições e fazer fortuna; quando, enfim, a corrupção lavrava por toda parte, fomos surpreendidos com a apresentação do nosso humilde nome pelo Club Militar da Bahia para candidato ao Congresso Constituinte por aquele estado. Declaramos, então, por um dos jornais da capital federal que não aceitaríamos semelhante candidatura, principalmente porque, na quadra melindrosa que atravessava o país, competia exclusivamente ao eleitorado escolher seus representantes.