Clima e saúde - Introdução biogeográfica à civilização brasileira

passou a Cuba e ao Brasil, para o açúcar do mundo. A cenoura criou sucos na raiz, com o inverno, que provocou a mutação; a cultura manteve e disseminou a aquisição. Lutero Burbank, nos Estados Unidos, fez "milagres" de seleção, adaptação, enriquecimento: ameixas grandes como peras, aipos suculentos como nabos. Fez um cato sem espinhos, para uso dos climas quentes, nas épocas de seca. Essa opuntia, no Ceará, torna a criar os seus acúleos.. . "defensivos".

O mesmo, os animais. O cavalo e o boi do Velho Continente acharam na América seu habitat... Um par de coelhos soltos na Austrália torna-se praga, calamidade nacional. Os carneiros têm nos pastos de Patagônia, da Nova Zelândia, da Austrália, dos Estados Unidos, pátria de eleição... (Camões disse isso do pêssego: "o pomo que da pátria pérsia veio, melhor tornado no terreno alheio...) Foi o homem que escolheu. Também o homem vai exterminando grandes feras, caça, pesca, aves de pluma a ponto de já haver leis defensivas, parques de proteção. Os jardins zoológicos são o último refúgio...

Espécies antigas desapareceram, espécies novas se formaram: a gênese e o juízo final são igualmente contemporâneos. Mutação, saltação, hibridação, cruzamento, colaboram com migração,

Clima e saúde - Introdução biogeográfica à civilização brasileira - Página 24 - Thumb Visualização
Formato
Texto