outras formigas, contra si mesma. O laranjal não nos dá laranjas para que o tratemos e defendamos, mas, tratado e defendido, dá mais laranjas...)

O homem, finalmente, domestica, animais e plantas, e os dissemina pelo mundo, como só demoradíssimamente o poderia fazer a natureza, com os seus meios lentos. Introduz métodos ativos, de adubo, seleção, hibridação, provoca ou cultiva mutações... e vai multiplicando as formas, através do mundo. Também destruindo: florestas incendiadas ou utilizadas. Onde mais o nosso pau-brasil?

A América deu ao Velho Mundo presentes magníficos: a batata, que é do Chile, o milho que é da América Central, e hoje são o alimento providencial indispensável, bastariam, para pagar-lhe tudo o que nos deu... Mas demos ainda mais, muito mais, até o santuário... a cochonilha, que dá o carmim, que dá o rouge aos lábios das damas, é mexicana. Como o cacau, como o guaraná, ou o mate ou o tabaco.

A laranja silvestre, azeda e amarga na Índia, é arbustiva e acídula no Mediterrâneo; na Guiné é árvore enorme; por mutação, na Bahia, adoça, cresce, não tem sementes, Bahia-de-"umbigo", que dá a Washington — navel, na Califórnia, a laranja-pera industrializada. A cana, vinda com os árabes, do Mediterrâneo