Deve ser uma e outra causa: é próprio das formas epidêmicas da pneumonia a agravação da virulência do pneumococo, aguerrido nessas passagens sucessivas, por organismo sem resistência: as condições de idade, discrasias, estafa, alcoolismo, que diminuem a reação orgânica, tornam funesta a pneumonia. Nos trabalhadores da E. de F. Madeira e Mamoré atribuiu Oswaldo Cruz ser ocasião de infecção o se recolherem à casa, cansados, em plena transpiração, nos trolys que velozmente os conduzem, ao cair da noite, condições que facilitam o resfriamento.

Deve haver causas ainda mais gerais. Pelas condições de calor do dia, as roupas não abrigam suficientemente quando a temperatura cai com o sol, rapidamente, máxime num clima de mudanças súbitas, como nos dias de friagem, que ocorrem intempestivamente, com diferença de muitos graus. O hábito das libações frequentes — o fabuloso alcoolismo da Amazônia (Oswaldo Cruz) — nesses trabalhos coletivos e até na solidão da mata, em que o álcool é diversão e "conforto", até suposta profilaxia contra a doença... — deve ter grande responsabilidade. Finalmente, os banhos frios, inoportunos, depois do cansaço do trabalho, por isso sem a reação vasomotora adequada, que não impede o resfriamento, serão também outras causas propícias à pneumonia.